terça-feira, 30 de dezembro de 2008
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Meus vinte anos
domingo, 16 de novembro de 2008
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Eu e a poesia
Tento entender meu destino,
seus rumos traiçoeiros.
Não reprimo os desejos
e de nada me arrependo.
Sonho todas fantasias.
Idade, não sei se tenho.
A inspiração se agiganta
quando sigo devaneios.
Escrevo aquilo que sou.
Está na ponta da lingua.
Só caminho nesta vida
fazendo minhas poesias.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Tédio
Essas pessoas que guardam seus fantasmas
nas gavetas da memória,
me espantam.
Essas pessoas que despejam
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Dança comigo
Sinto gosto de festa.
Me tome em seus braços
e vá seguindo o compasso,
não uso plumas nem brocados...
Solte seus medos,
se livre de todos os pesos.
Me leve em vôo rasante.
Hoje tudo é possível.
Me encante!!!
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Re invenção ( Sandra Reis)
Vivo ilusões, ando em círculos.
Faço da poesia
um estigma.
Anseio em mudar a vida,
livre dos laços do tempo.
Mas não a encontro, esperança:
anda longe, ao vento.
Sobrevivo a cada instante.
Começo tudo outra vez.
Sigo sózinha, errante,
sempre rumo ao talvez.
domingo, 26 de outubro de 2008
Mal de amar
À sombra de uma palmeira
procurei você em vão.
A paisagem e o cenário
pressagiavam o verão.
Então rabisquei na areia
com gestos uns traços teus.
E neles ressuscitei
os melhores sonhos meus.
Pensei neles, contemplando
a névoa branca e o mar,
não deixando que os desejos
a onda venha a levar.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Meu Amigo de sempre
Todos os dias um Anjo me observa. Sob seu olhar, meus medos se dissolvem.
Quando a esperança definha, ele me abre os caminhos. E me olha com detalhes.
Há momentos em que ruborizo. Ele invade a minha privacidade, meus pensamentos e a intimidade.
À noite, quando sonho, ele estica seu olhar e me contempla. O silêncio é sua palavra, que sussurra em minha alma e derrama luz nas minhas carências.
Aceito tudo cegamente.
E assim, de mãos dadas, nos saciamos. Eu, com ânsia de sorvê-lo, não me canso de chamá-lo.
Ele, com ânsia de se dar, não se cansa de me amar.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Desalento
Saudade é tempo suspenso
que voa sem direção
e corta como uma lâmina
a teia do coração.
É lembrança do passado
e ferida permantente:
machuca sem compaixão
os sentimentos da gente.
Aquilo que rasga a carne,
uma vida represada,
memória que permanece
implacável e intacta.
sábado, 26 de julho de 2008
Meu Eu Superior
Onde encontrar palavras
que Te traduzam?
És tudo. Estás em todos os lugares,
indecifrável e Superior.
Na Tua infinitude
reconheço minha impotência,
mas sei que também sou
uma centelha da Tua essência.
Aqui estou, neste ilusório
esforço de Te desvendar,
assumindo cada personagem
que em mim toma Teu lugar.
És a fonte que se revela
na quietude de minha mente.
No Teu seio etéreo
viverei para sempre.
domingo, 13 de julho de 2008
Sombras
minhas sombras me alcançam,
atravessam meu quarto
e seguram minhas mãos.
Garimpo estrelas,
fugindo do passado,
mas as sombras me perseguem
por todo o lado.
Apago todas as pegadas,
me livro de todos os pesos
e escondo debaixo da cama
meus medos.
Elas estão no enredo da vida,
no coração e no peito.
Em uma trilha perdida,
deste meu sonho desfeito.
Meu avô ( Fernanda Reis)
Onde você estará?
No céu, no ar?
em que estrela você vai morar?
Queria tanto te achar....
Eu sinto saudades
de quando a gente brincava
a gente se escondia
e você nos achava.
Será que aí existe
um lugar para brincar?
Será que outra menina
tomou o meu lugar?
Um dia meu avô
a gente vai se encontrar
e vamos brincar tanto
que eu nem vou aguentar.
Vou pegar uma charrete
com você aí no céu
e vamos ser uma dupla
de se tirar o chapéu!
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Amiga
Mas é dificil segurar a emoção
Sem conhecer ao certo o caminho
que minhas palavras tomarão.
Queria te falar do amor que não vivi,
das ânsias de aventuras submersas nas estrelas.
dos lamentos abafados que não extravasei,
do oceano profundo que não mergulhei,
dos desejos que surgem alucinantes.
Tudo é magia e quimera.
Barco sem vela.
Queria falar de mim,
guiada pelo delírio,
fiel ao meu sonho,
embriagada de ilusão.
Tecendo meu destino em vão.
De repente me descubro mutante,
felina, soberana.
Como fêmea que és,
sei que me entendes.
Minha amiga, ouve o que eu sinto
sem saber detalhes.
Ouve um coração batendo , exposto no ar
apenas sinta como é sutil seu despertar.
A Alma da Terra
da árvore da vida,
esboço,
do que desejamos ser.
Busco em mim,
o homem que não sou.
Buscas em ti
a mulher que queres ser.
Nascemos livres,
mas acorrentados.
Não percebemos
a própria realidade.
Precisamos ser completos
e não escravos.
Voltar a ser Divindade.
Que nostalgia é essa
que se apossa de nós?
É o amor infinito,
essência universal.
A única e possivel
maneira de amar.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
A Bailarina ( Cecília Meireles)
Esta menina tão pequenina quer ser bailarina
Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.
Não conhece nem mi nem fá
mas inclina o corpo para cá e para lá.
Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri.
Roda, roda, roda com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.
Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.
Esta menina tão pequenina quer ser bailarina.
Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.
De corpo e alma
de não acolher mais a solidão.
Meu coração
quer caminhar junto,
partilhar alegrias.
Tremo de susto
deste sentimento
que liberta,
que me faz esquecer
a insensatez de ser só.
Não temo esta fusão
de corpo e alma.
Tremo de espanto
porque meu amor
por você é tanto,
que nem ligo se a solidão
vier novamente
ao meu encontro.
domingo, 11 de maio de 2008
Poema Urgente
Mágico e colorido.
E que ele invada os lugares
tristes e calados.
Que a sua mensagem chegue
como um arco-íris.
E que todos digam: sim,
deixe o poema passar.
Deixe ele te guiar
e tirar-te dos teus limites.
Que o poema silencie
os gritos.
Que acalme os trovões.
E que os homens
aprendam o idioma das estrelas
para que se amansem
todos os corações.
domingo, 4 de maio de 2008
Delirios de minha alma
é sonho ou realidade
Em que tempo tu te escondes
nessa eterna viagem?
A que vens frágil cristal
imperecível às dores,
resistente como o sol,
sublimando teus temores?
Estrela peregrina
flutuas luminosa
vinda de distante fonte
de forma vertiginosa.
Se te chamas ilusão,
perdida no espaço,
minha vida é solidão,
forjada passo a passo.
Energia inexplicável,
mistério do Universo,
me transmuto em amor,
escrevendo os meus versos.
Me perdoe se eu indago:
"Quem sou eu e o que esperar?"
Me confessa, me ajuda
a esse enigma decifrar.
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Da ausência
porque minha alma sente.
Não deixe que meu coração se feche
e se entristeça.
Não vês que estou marcada,
tatuada de tua presença,
e quando algo acontece
a bagunça se instala?
Não te ausentes de mim amado meu,
Porque meu amor é só teu
e, se o teu for errante,
também vou ficar distante.
De que é feita a minha alegria?
Da imensa saudade,
da liberdade perdida,
da falta de sorte,
do anseio da morte.
Dos amores falidos,
do sonho não realizado,
da angústia que pulsa
no corpo cansado.
Das falsas promessas,
da febre de amor
do orgasmo fugaz,
do mistério da dor.
sábado, 29 de março de 2008
Para um avô
Quisera eu nessa vida
desvendar este mistério:
Que segredo é esse que existe
entre um avô e um neto?
São as noites divididas
por não querer dormir só.
É o tenis que não desamarra
por que foi dado um nó.
É a comida na mesa.
É o dever do colégio.
É o esconde-esconde na sala.
É o mergulho na praia.
Como explicar a esse neto
que tudo isso acabou?
Que aquele Maracanã
foi um momento que ficou?
Que ficou essa lembrança
Que ficou essa saudade
Que um dia essa criança
teve tanta felicidade!
sexta-feira, 28 de março de 2008
A menina sonhadora
Todos as manhãs, quando acorda, Juvia vai ao jardim das flores brincar com as borboletas. Lá ela levanta as mãozinhas e finge que voa. Isso a faz se sentir livre e sonhar. Não há mais nada na vida que ela goste tanto! Está na sua alma.
Desde bebezinha, ela viaja de avião com seus pais para um país chamado Brasil. Visita sua vovó e seu titio, que moram lá.
Na cidade onde vivem, o céu é tão amoroso que abraça as árvores e nelas existem pássaros de todas as espécies, como o "bem- te- vi"que gosta de
brincar de esconder com as crianças. Quando Juvia o avista, ela grita seu nome bem alto: "Bem- te- vi"! E então ele se esconde novamente.
Ela corre de um lado para outro, atrás do passarinho.
--- Juvia, cadê você?- Pergunta a vovó seguindo o som de sua risada.
O pássaro e ela podem se comunicar muito bem, pois falam a linguagem da natureza.Isso só é possivel para quem é puro de coração.
Na semana seguinte vovó levou Juvia à Fazenda. Ela andou de cavalo, deu comida para os coelhinhos e sentiu o cheiro de terra no ar.
Quando ia embora, surgiu no céu um lindo arco-íris e seus olhos se iluminaram, porque aquele era realmente um lugar encantado.
Às vezes ela fica pensativa, como se estivesse a milhões de anos- luz de distância e sua cabecinha de brilho dourado sussurra segredos que só ela conhece.
Talvez Juvia fique dividida entre a cidade onde vive e a outra em que mora sua vovó, pois o tempo não a faz esquecer que cada terra tem sua magia.
Se ela volta, é porque bate a saudade. E então o pensamento viaja....
Mais uma vez, chegou a hora da despedida. Ela não veria mais com os olhos sua vovó, seu titio e os amigos novos que conhecera, porém os veria com o coração, porque
existem coisas que são mais fortes que a distância.
Lá longe, onde ela vive, sempre pede à mamãe: "Vovó home!"
E sonha fazer uma nova viagem. Cada vez é diferente, porque ela carrega dentro de si uma pura alegria de viver.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Ser avó
Voando no céu azulado
vou encontrar minha neta.
Cruzo nuvens tontas e espertas
montada no meu cavalo alado.
Chegarei antes que ela cresça.
Levo uma pequena flor.
Me inspiro no inefável.
Meu caminho é feito de amor.
Quero viver o eterno. Agora.
Quero aparecer e ser.
Quero lhe dar meu tempo,
ajudá-la a crescer.
Vou beijar seus olhos.
vou fazê-la sorrir,
deixando raizes e asas.
Missão do meu porvir.
O meu coração de poeta
transborda de felicidade.
Ser avó é uma dádiva.
De todas, a melhor idade!
domingo, 20 de janeiro de 2008
Amor x Amor
que mexe com meus sentidos,
me guia e me aponta o caminho?
Será um raio de luz
ou labaredas do meu coração?
Que poder é esse,
que me faz derramar
lágrimas de gozo.
e desvenda os segredos
mais profundos
de minha alma?
Encontrei o descanso.
Tenho agora a paz
em meu interior.
Nossas almas
não necessitam
de palavras
para se entender.
Ouvem, falam e suspiram
à procura de sorrisos,
perfumes, carinhos
e danças afrodisíacas.
Até que o inverno nos leve
com seu vento manso,
e repousemos
em alguma estrela.
sábado, 19 de janeiro de 2008
Saindo da contra-mão
Cuidadosamente, coloquei em ordem minha consciência
e, me equilibrando entre meu ego e minha espiritualidade,
fiz-me livre-pensadora.
Antes procurava respostas fácéis nas experiências de terceiros.
Precisei de muito tempo para constatar que eu ainda estava na contra-mão de mim mesma.
Tive dificuldade em aceitar que, para ser feliz, é preciso
saber jogar o jogo do faz- de- conta.
Cética, tropeçava em minhas convicções, atropelando
meus pensamentos.
Hoje me perco, me procuro e me reencontro novamente.
Hoje me orgulho do que conquistei: os amigos, a força para suportar o peso nos ombros e o tesouro que jaz dentro em mim, responsável pelo amor que sinto por todas as pessoas que encontro nessa estrada.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Olhos de amor
o pôr-do-sol me deixa ávida de encantamento.
Não que antes não visse. Mas estou olhando mais devagar agora e com mais carinho.
Também olho mais para coisas esquecidas, fotos antigas, velhas gravuras e desenhos de meus filhos.
Passei a apreciar mais o modo como falo e que até então nem havia notado: com os "s"
e "r" carregados. Um jeito carioquês, de que todo paulista gosta de tirar um sarro.
Mas eu não ligo: tenho os olhos mais delicados.
É um olhar meio vidente, que me deixa mais contente.
Eu acho é que meus olhos viraram poesia.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Presságios
Olhando teu retrato,
veio em minha memória
lembranças do passado.
Eras a própria poesia.
E, ainda menina,
quando desabrochavas
fiz uma profecia:
“ Filha, tua herança
será a poesia”.
Pude colher alguns versos
de tua emoção
e assim pressagiei
uma ilusória missão.
E insistia:
Escreve mais uma...
Então escrevias,
rimas lindas e tocantes
como há muito tempo
não se via.
Mas tinhas sonhos, anseios,
e teu coração pedia
que os poemas ficassem
distantes.
Não houve meio.
Dizias:” Mãe, quando tiver
a tua idade,
volto a escrever
poesias.”
Ledo engano,
ela nos escolhe,
e não nós a ela.
Orgulho, pretensão.
Somos o anverso,
limitação.
E minhas palavras ocas
se vestiram de magia.
Todo esse tempo
fui ingênua
em minha alegria.
Pois não via
que esta missão
não era tua,
era minha.
domingo, 6 de janeiro de 2008
Diferentes mas iguais
os dedos de minha mão.
Estão sempre contentes,
cada um com sua função.
O mindinho é o caçula,
fácil de se machucar.
Precisa tomar cuidado
cada vez que fôr brincar.
Seu vizinho é o anular,
Gosta de se enfeitar,
coloca sempre um anel,
pra com todos passear.
O maior é o mais levado,
adora chamar atenção.
Mas é sempre solidário,
tem enorme coração.
O indicador é guloso,
curioso como ele só.
Vai testando todo bolo
que faz a minha vovó.
Polegar é o mais gordinho
de todos os demais.
É o que entende mais o caminho
das linguagens dos sinais.
E assim, são meus dedinhos,
nenhum deles é igual,.
Sempre unidos, companheiros.
Eles são muito especiais.
Meus amigos
isso ainda não sei se serei.
Na minha tímida alegria,
intuo, construo, lapido.
Sinceramente, eu não me sei.
Vocês sim, sabem versejar:
dão seus melhores tons,
conjugam rimas com inspiração.
Todos são muito bons!
Cantam mágoas, alegrias,
amores e fantasias,
alguns, pornografia
com impecável despudor.
Meus amigos são poetas.
Luz própria? como não tê-las?
Quando começam a falar,
os céus derramam estrelas.