Sombra minha
É pão e água
e alimenta meu poema.
É tecido no silêncio.
Fica na pele, como escara,
para não ser esquecido.
Nunca quis este destino.
Só juntar sede e vontade,
seguir os teus e meus sentidos.
Até que eu refaça meu corpo,
porque também sou corpo.
Ou me refaça no teu,
de novo.