Elas chegaram,
de repente,
como se me procurassem
há tanto tempo.
Caminharam discretas,
entre montes e horizontes,
atravessaram portais,
entre risos e líquidos.
E eu, em meio a clarões,
abri meus sentidos.
Me perdi.
E alí fiquei enfeitiçada.
Dedilharam canções.
Os desejos se misturavam
ao aroma,
devassando lugares.
Pensei que fosse um anjo
de digitais palpáveis.
Fiquei fora de mim
com elas por dentro.
Elas partiram.
Fecharam as cortinas
do meu palco,
fugiram galopantes.
Mas eu aninda sinto
o sol arder,
ainda ouço
o sino tilintar.
Sutilmente,
transpasso o cortinado,
fantasio
o que não foi em vão.
Revivo, ofegante
o que senti,
e me transporto
até onde estão
tuas mãos.
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
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