Não há quem não sinta um só momento
Aquilo que você sente a todo instante
medo da altura, do escuro, da água
do fracasso constante.
Inventamos análise,
rimos de nosso receio,
mas não há meio.
Ele está no elevador que sobe.
Está naquela estrela.
Pra onde vamos depois que se morre?
E assim se multiplica nos olhos dos pivetes
que sentem fome, não comem.
Se entranha nos presidios,
se infiltra nos asilos de louco,
ainda é pouco.
Esse não é o seu destino, meu menino.
Para os que só o sentem e não o conhecem,
primeiro é pequeno, depois ele cresce.
Por que existe o medo?
Eu não sei.
Só sei o que vejo.
Os olhos que não mais choram,
os inocentes que o ignoram,
os jovens que não mais lutam.
Salve os poetas que se consolam
na paz das mãos pensadas,
e que decifram
neste oceano de nada,
o mistério do medo,
e seu inventor
quinta-feira, 26 de julho de 2007
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Um comentário:
Ficou muito bom o blog, no visual e nos textos.
Beijinhos carinhosos.
Elida Kronig / ADILE*RJ
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